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Experiência teatral goiana é reconhecida como tecnologia social no Banco de Saberes Ibero-americano

Realizada pelo Ponto de Cultura Justina e criada pela atriz e dramaturga Takaiúna, Dramaturgias Emergentes traz para a cena narrativas silenciadas e histórias dos próprios intérpretes



Oficina Dramaturgias Emergentes na Vila Esperança Cidade de Goiás. Foto divulgação
Oficina Dramaturgias Emergentes na Vila Esperança Cidade de Goiás. Foto divulgação

1. Oficina Dramaturgias Emergentes na Vila Esperança Cidade de Goiás. Foto divulgação


Projeto-pesquisa, criado e desenvolvido pelo Ponto de Cultura Justina, desde o ano de 2017, Dramaturgias Emergentes pauta inquietações relacionadas à ausência de textos dramatúrgicos que apresentam questões atuais e comunitárias para a cena.


Com mais de 15 oficinas, cursos de curta e longa duração, palestras e construção de espetáculos, as ações desenvolvidas por meio da metodologia Dramaturgias Emergentes que leva em consideração práticas comunitárias para o bem viver.


Para Takaiúna, Dramaturgias Emergentes se propõem como uma experiência estética e comunitária de criação para cena. “Todo o trabalho dramatúrgico realizado escrito ou não, nasce a partir das experiências e relações entre os territórios do corpo, suas fronteiras e espaços de diálogos que se revelam e se potencializam com arte.”


“Dramaturgias Emergentes é uma metodologia, mas antes disso uma experiência, que tem como objetivo que cada vez mais possam emergir dramaturgias e narrativas próprias dos participantes”.


Então, a dramaturgia é criada em forma de camadas que se somam durante todo o processo de formação, que refletem sobre como questões ligadas a seu território, a arte, criação, corpo, espaços comunitários, encontros... esses sistemas de integração em forma de teia que vai nos levando a perceber os pontos de encontro locais e latino-americanos.


Takaiuna
Oficina Dramaturgias Emergentes na Vila Esperança Cidade de Goiás. Foto divulgação

As práticas cênicas, por meio de dramaturgias atuais, que dialogam com a realidade das pessoas que estão envolvidas durante todo o processo de criação, desde o grupo que atuará em cena como as pessoas que posteriormente irão assistir ao espetáculo.


Assim as escritas dramatúrgicas emergentes, pode se compreender que não se finalizam com o espetáculo em si, mas como a partir dali artistas e público caminharam para construção de um território comum.


SOBRE O BANCO DE SABERES

O Banco de Conhecimentos e Boas Práticas do Espaço Cultural Ibero-americano é uma plataforma virtual que reúne projetos, tecnologias sociais, experiências e ações desenvolvidas por instituições museológicas, organizações culturais comunitárias, grupos de migrantes e outros agentes culturais ibero-americanos.


Surge da aliança entre três programas do Espaço Cultural Ibero-Americano, vinculado à Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB): Ibermuseos, Ibercultura viva e Iber-rutas, que unem, respectivamente, três pontos cardeais da ação cooperativa regional - memória, património museológico e memória social, ação cultural comunitária e migrações.


É o primeiro Banco de Conhecimento e Boas Práticas que reúne iniciativas e projetos implementados pelos públicos-alvo de diversos Programas de Cooperação Ibero-Americana.


Foi criado com o objetivo de promover o diálogo intercultural e valorizar o papel da cultura como agente transformador de condições e imaginários, na melhoria da qualidade de vida das pessoas, da sua saúde mental e emocional e, ao mesmo tempo, como promotora de sociedades mais justas.


Ponto de Cultura Justina


Fundado em 2016, o Coletivo Justina tem como prática estética-política, o exercício de experimentação que cabe em vários segmentos artísticos-culturais. Artesanato, Teatro, Audiovisual, Literatura e Performances são algumas das dinâmicas onde o criar coletivamente se coloca. O Coletivo tem suas ações culturais inspiradas na fronteira entre a ancestralidade, o comunitário e a arte.


Em rede, se articula com artistas e grupos de várias regiões brasileiras e de países da América Latina. Trabalhadoras rurais, professoras, alunos e alunas da rede escolar são alguns dos públicos que as ações do Justina impactam.


Nos últimos anos, o Ponto de Cultura Justina vem realizando atividades de formação, pesquisa e circulação artística por vários estados do Brasil, como Ceará, Maranhão, São Paulo, Minhas Gerais, Goiás e Distrito Federal.


Suas ações e pesquisas também movimentam experiências internacionais. Na América Latina tem articulado com grupos e artistas da Argentina, Equador, Bolívia e México, onde realizou em parceria com o Programa Iberscena para a direção de espetáculo e construção dramatúrgica a partir da realidade de crianças e adolescentes locais. Itália, Israel e o Estado da Palestina foram recentemente visitados por membros do Coletivo. Tecendo uma rede afetiva de trocas simbólicas e estéticas.

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